“CONCIERTO DE MADRIGAL”
Em “Concierto Madrigal, Joaquín Rodrigo se afasta totalmente da estrutura clássica em três movimentos. É uma suíte de árias e danças oscilando entre o estilo erudito do século XVI (madrigal, caccia) e as correntes do folclore espanhol (girardilla, fandango, zapateado). Nas palavras do próprio compositor, a variação é o elemento que sustenta a peça inteira. O concerto começa com uma fanfarra alegre e marcial construída em torno de dois motivos vívidos que lembram a toccata Orfeo de Monteverdi. Os nove movimentos seguintes contrastam em tempo e ritmo; a caccia que termina o concerto, evoca levemente a Danza del molinero de Manuel de Falla e a melodia do movimento lento do Concierto de Aranjuez. O movimento final retoma o madrigal, que permeia toda a peça.
“CONCERTO OPUS 201”
Mario Castelnuovo Tedesco compôs “O Concerto opus 201” em 1962 com uma novidade no seguimento erudito: a presença de percussões especiais. No primeiro movimento, a orquestra toca o tema pomposo e os violões são interrompidos por um trompete solo e retornam em Mi maior. Flautas e clarinetes, sustentados por cordas em pizzicato, estabelecem o segundo tema burlesco. No último e diabólico movimento, “Rondo Mexicano”, o trompete impertinente marca presença no tema principal que prossegue em cadência de forma mais suave. No gran finale, os instrumentos de percussão imprimem um toque rítmico incrivelmente brilhante.
01 – Joaquin Rodrigo – Concierto Madrigal – Fanfare 02 – Joaquin Rodrigo – Concierto Madrigal – Girardilla 03 – Mario Castelnuovo Tedesco – Concerto opus 201 – Rondo Mexicano