“O Maogani é o que há de melhor, hoje, em matéria de execução e arranjo para violão no Brasil”. A definição é insuspeita, vem do gênio Guinga, que participa do CD, assim como Ed Motta, Joyce e Monica Salmaso. Bastaria a remissão a Guinga para dizer a que veio “Cordas Cruzadas”, segundo CD do Maogani. Porém, o disco é mais. Paulo Aragão, Carlos Chaves, Marcos Alves e Marcus Tardelli se superaram. Fizeram um CD ainda melhor que o primeiro, lançado em 1997 e singelamente batizado de “Maogani”, como quem modestamente dizia “muito prazer”.
Mais uma vez, os arranjos requintados beiram os céus da excelência. Dignos de antologia, conseguem não repetir os originais sem cair na tentação de reinventar as composições. Vale um destaque especial neste particular para Passaredo, canção de Chico Buarque e Francis Hime, que recebe arranjo instrumental estupendo de Paulo Aragão.
Neste “Cordas Cruzadas“, aclamado pela crítica em todo o país, o jovem Quarteto dá cores populares a um repertório de primeira linha, executado com exuberância através de arranjos incrivelmente maduros. Não é à toa que o Jornal do Brasil considerou estas “Cordas Cruzadas” o melhor disco acústico de 2001.
Repertório:
1. Samba novo (Baden Powel)
2. For Hall(Joyce)
3. Chovendo na roseira (Tom Jobim)
4. Choro n°2 (Leandro Braga)
5. A foggy day em Teresópolis (Ed Mota)
6. Passaredo (Francis Hime e Chico Buarque)
7. Choro réquiem (Guinga e Aldir Blanc)
8. Choro de Bela (Carlos Chaves)
9. Bananeira (João Donato e Gilberto Gil)
10. Ilza n°83 (Hermeto Pascoal)
11. Guingando (Edu Kneip e Mauro Aguiar)
12. Pra Lúcia (Itiberê Zwarg)
13. Inesquecível (Paulinho da Viola)